Aurélio Rocha, novo Presidente do Clube Naval, promete um Clube para todos os sócios

– Sr. Presidente, antes de mais, Parabéns pela sua eleição. Foi eleito a 28 de Maio Presidente do Clube Naval. Há quanto tempo é sócio do Clube?
“Obrigado. Sou sócio há mais de 20 anos.”

– Lembra-se do Clube Naval nessa altura?
“Eu lembro-me do Clube Naval dessa altura e lembro-me do Clube Naval há muitos mais anos do que isso. Ainda no tempo colonial, não sendo sócio, eu frequentava o Clube Naval através de amigos meus, que eram filhos de sócios. Enfim, tinha esse privilégio. E havia uma coisa que se fazia antigamente, pois o Clube Naval abria essa possibilidade. Quando havia festas de estudantes, bailes de finalistas, festas de fim de ano lectivo, uma das salas disponíveis para realizar essas festas em que eu participava como membro de direcção de baile de finalistas ou numa comissão de direcção de baile de fim de ano, era aqui no Clube, pois havia condições óptimas para a sua realização.”

– Parece lembrar-se desde sempre deste Clube..é Moçambicano?
“Sou. Mas não é por isso. Há muita gente que não é moçambicana e que se lembra dessa época.”

– Pratica alguma actividade náutica?
“Não. Apenas sei conduzir barco. (risos). Barco de recreio. Tenho um barco de recreio e é por essa razão. Gosto de determinadas actividades náuticas, gosto muito de vela, mas não pratico.
Gosto de natação, embora não seja um exímio nadador. Nunca participei em competições, mas gosto de ver e até de participar na realização desses eventos. Uma coisa que aprecio muito e que penso que o Clube Naval perdeu um bocadinho essa memória é a caça submarina. Aprecio muito a coragem, a valentia dos caçadores e pescadores submarinos porque é uma modalidade muito arriscada. É claro que também é uma modalidade que envolve custos financeiros bastante elevados pois é preciso ter um equipamento mais sofisticado.
Nos tivemos grandes referências desta modalidade no Clube Naval a nível internacional. Tivemos dois ou três atletas recordistas no continente Africano na modalidade de caça submarina.”

– A modalidade já não é muito praticada?
“Hoje não. Entrou em declínio a partir da independência. Hoje temos uma meia dúzia de pessoas que estão a tentar reactivar essa modalidade.”

– Quais são os seus projectos e sonhos para este mandato? O que esteve até agora menos bem e o que há a melhorar?
“Os sonhos não são só meus. São de toda esta equipa que já vem de trás e que, em determinado momento, entendeu que era muito importante voltar a entregar o Clube Naval aos sócios. Essa é a nossa bandeira. Porque ele de certa maneira se afastou dos sócios. E naturalmente que, por reacção, os sócios se afastaram dele.
Para dirigir um Clube com esta dimensão é necessário ter sensibilidade, é preciso gostar das coisas náuticas, gostar do Clube. É preciso que as pessoas tenham conhecimento dos Estatutos. O Clube não é nosso. É de todos os sócios.”

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